sábado, 21 de junho de 2008

A Fernão de Magalhães.

À noite, vigia e vela pelo estreito de seu nome,
aquele que veio, na hispânica armada
Sem lealdade, mas português na alma ousada

Conquistar o mar e imortalizar-se em renome.


Roga solitário pela alma dos seus, que a Morte some
À partida, mais de duzentos, dezoito só à chegada
Que para cumprir o sonho da sua alma iluminada

Padeceram de escorbuto e mui grave fome.

Não precisa agora imaginar quão belo o Mundo
se lhe afigura depois do esforço heróico e fecundo

Dele nos fica
o seu sonho e a sua loucura.

Dos que padeceram, não reza deles a História
Deram o corpo e o sacrifício, não tomaram a glória.
Viagem tão amarga, para País tão sem ventura...

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