quarta-feira, 11 de junho de 2008

Mãe.

Mãe, não há afinal maior poder que escrever
Enquanto te escrevo, contemplo-te sorrindo
distraída, brincando com o teu ingénuo, lindo
e amado companheiro. Quem nos dera ser

ele, ou como ele. Brincar, dormir, comer
Sonhar acordado e sonhar dormindo
Sem aflições e tormentos, fingindo
a vida, sem nunca a viver ou conhecer...

A realidade dói, sei-o bem. Mas é a desejada.
Para nós é tudo. Para ele é nada.
Ó mãe como queria revelar-te, mostrar-te

O quanto do que sou eu é teu, parte de ti.
Mas reconheço ser mera utopia. O que senti
É o que nunca senti. A eterna promessa: amar-te.

Nenhum comentário: