quarta-feira, 11 de junho de 2008

Enterremo-nos a rir.

Os moços e as senhoritas, oh quão era especial
a ocasião!, tardaram na sua limusina
matizada de beije. Vinham vestidos de Portugal
desnudados da arrogância que não ilumina

Decadentes, pecaminosos, ao falso Graal

ambicionaram, julgando-se, virtude que se fina!

importantes, imortais, algo de magistral!

Sorrindo, da sua condição quase divina!


Naquele momento, ó vergonha, ó inveja
ó angústia, imensa, intensa e raivosa
de não ser falso e novo rico. Que seja

assim, pobre, mas lúcido. Sentir

e saber que somos todos a langorosa

miséria em que nos enterramos, a rir!

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