terça-feira, 3 de junho de 2008

A Jorge Grave.

Tu, amigo, mesmo não sabendo, és poeta.
Foste, és e serás o meu maior companheiro
Apoio, de ombros crentes, por descrente nevoeiro
Mas eu sou somente uma miragem que não se detecta.

Sou apenas poesia incompetente e prosa incompleta...
Conseguir ser-me! mas ser-te como és inteiro
e completo. A ataraxia, como valor primeiro
Sem qualquer paixão, crença ou desejo pateta.

Era esse o meu sonho, o meu único objectivo
Não este maelstrom de não saber a que vivo!
Mas sei bem, amigo, nem vencido, nem derrotado

Ao aceitar e rir do absurdo, morrerei com a poesia
Rir-me-ei muito, absurdamente mesmo, e nesse dia
Jurarei que vivi, e segredar-te-ei, -Obrigado.

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