segunda-feira, 16 de junho de 2008

Mensagem.

Tendo um povo sido imortal
Em mim tristeza não cabe
de ver que querer não sabe
E que vive, por lágrimas de sal
a esperar um qualquer falso Graal

Agridoce pátria, minha amada
Amo-te, com todos os teus defeitos

Vives inconsciente dos teus proveitos
e só da saudade lembrada,
num fogo de ansiedade apagada.

Um mar de azul eterno e triste
Um caldeirão de calma
indiferente, ser sem alma
Império que não existe,
ambicionar que não resiste.

Põe uma bomba no Destino,
pátria amada! Renega o teu Fado,
clama, és tu o Desejado.
Acorda, renasce, nada é Divino
Tudo és tu, em melancólico hino...

Lembra o passado, vê o futuro
Ama, ambiciona, almeja!
Cria-se o Mundo, quando se deseja.
Descobre o horizonte obscuro
Eu serei teu servo, enquanto duro...

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