A mim, basta-me o pouco de me bastares
Mas é enorme, inarrável, pútrida a minha dor
De não ser inteiro, ó lírico Adamastor
E de sentido e sentir só tu me dares....
(Se bastasse a cada homem, ser maior
do que é!) Tu percorrias-te, por infindáveis mares.
Encontravas-te, em sonhos de outros lugares
Na hetorónomia de outros mundos com valor...
Mas são tudo sonhos vãos, e é na escrita
que me refugio, que me escondo, e me revejo
Mesmo que até ela seja desnecessária e maldita.
Leio-te, saúdo-te, e cada vez menos sou eu
Que lesses este soneto, era o meu único desejo
Poder, companheiro, ouvir a tua voz no céu!
segunda-feira, 2 de junho de 2008
A Fernando Pessoa.
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