segunda-feira, 16 de junho de 2008

Pai.

Pai, só tu sabes o que não és. O que poderias
ser. Sou tudo o que me iluminaste, e o que não
me ensinaste. Já sonhámos amanhãs e utopias

Agora, sonha-los sozinho, e a saudade é canção.


Sei, pai, há momentos, segundos, horas, dias,
em que te custa ser, em que o Mundo é vão...
Mas, pai, agradeço-te. O saber e as alegrias.
Iludo-me especial, mesmo que o Mundo seja Sansão.

(Ilusão é engano, realidade é névoa verdade.
Todo o bulir é inútil, todo o Mundo é saudade...)
Mesmo que sirva de pouco, sou realidade e ilusão.

(Nada é bem, nada é mal. Tudo é igual e relativo.)
Lerão numa tarde, tudo o que fui enquanto vivo.
Ó pai, diz-me afinal há alguma razão?

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