segunda-feira, 2 de junho de 2008

Os dias são de quem os vive.

Todos os dias são meus. Todos os dias são de quem os vive.
Intensamente tristes, loucamente vagarosos, constantemente inconstantes, estupidamente eufóricos,
hiperbolicamente alegres todos os dias, são dias em que se vive. Dias de quem os vive.
Sem que nada ou ninguém tenha a ver com isso! NADA a ver com isso!
Sim, somos todos ridículos, desperdiçando ou aproveitando os dias, a vida, o tempo
da maneira que entendermos, sem que nada ou ninguém tenha a ver com isso!
Os dias são ridículos, as pessoas são ridículas, o tempo...
Nem sequer vou falar do conceito mais relativo dos conceitos relativos...
Mas mais ridícula é a ingénua ou esclarecida pretensão que as pessoas têm de nos
quererem fazer viver da maneira que eles, a companhia querem que nós vivamos.
Se há coisas ridículas!... Aceitem, ó da companhia que os dias são de quem os vive;
que somos todos ridículos, mas há uns ridículos, de entre todos os ridículos que ficam para a História;

e que a beleza do Mundo, se a há, é esta. Sermos donos e senhores do mais ínfimo segundo que vivemos.
É esta a beleza, o sonho, a quimera, e eu aceito-a, e abraço-a com muita força
para que os outros não me queiram sequer persuadir de não ser esta a maior verdade do Universo...

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