quinta-feira, 24 de abril de 2008

Ao olhar para um enorme e redonda nuvem
Redonda de um branco que me promete sonhos
Dou comigo a pensar no conceito de mal e bem,
E em todos os conflitos trágicos e medonhos.

Quem dera ser tudo tão simples, tão modesto,
como esta nuvem de branco que contemplo...
Mas a fome, a guerra, e o dinheiro incesto,
brincam alados, neste nosso templo.

Templo onde oram falsos e vis profetas,
Profetas do ouro, da cobiça e da desgraça
Que tranquilizam mentes ingénuas e quietas.

Mas a nuvem persuade-me e faz-me acreditar.
Diz-me "Faz da esperança, a tua graça"
E eu acordo. E sonho querer sonhar...

Um comentário:

Anônimo disse...

um bonito soneto :)