Ao olhar para um enorme e redonda nuvem
Redonda de um branco que me promete sonhos
Dou comigo a pensar no conceito de mal e bem,
E em todos os conflitos trágicos e medonhos.
Quem dera ser tudo tão simples, tão modesto,
como esta nuvem de branco que contemplo...
Mas a fome, a guerra, e o dinheiro incesto,
brincam alados, neste nosso templo.
Templo onde oram falsos e vis profetas,
Profetas do ouro, da cobiça e da desgraça
Que tranquilizam mentes ingénuas e quietas.
Mas a nuvem persuade-me e faz-me acreditar.
Diz-me "Faz da esperança, a tua graça"
E eu acordo. E sonho querer sonhar...
Um comentário:
um bonito soneto :)
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