Nas escadas
da igreja
branca, imponente e fria
sentei-me, e contemplei
os cabelos e a tez
acastanhados
de uma mendiga.
Olhei-a
(por dentro, quem sabe?)
Observei seus olhos,
amendoados e tristes,
que me souberam também.
Quis-lhe falar.
Não soube, nem sei hoje
o porquê.
Não sei agora,
se lhe queria, realmente ou não
falar.
Desviámos olhares.
Perdemo-nos de
rasto, no misto
da gente sem face.
Quem sabe onde
anda ela?
Quem sabe onde
paro eu?
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Nas escadas da igreja branca.
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