Sempre que encontra
uma porta
pela frente,
o ser inconsciente e amarelo
que é o meu gato
arranha-a,
uma e outra, e outra
vez,
com as patas.
Pára.
Não é desistir.
Mero recuo estratégico.
Olha para nós.
Pede, por favor,
para abrirmos
a porta.
(Avisa tudo isto num olhar...)
Arranha,
mais uma vez,
a porta,
que se mexe um pouco.
Entreabre.
Está quase.
Desta vez,
não pára.
Ri-se, e
lança para nós, um último olhar,
vitorioso,
antes de se escapulir
pelo inacessível, outrora
vendado pela porta.
(Quem pode clamar não haver poesia,
no dia-a-dia?)
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Inacessível.
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