terça-feira, 27 de maio de 2008

Da contradição.

Vivo na incerta certeza de saber o Mundo.
Amo a Humanidade, mas desprezo as pessoas.
Odeio o Amor, mas não consigo viver sem ti.
Não tenho fé, nem crenças, mas acredito.

Adoro discutir, mas sei já ter sido tudo dito.
Sei ter muita força, mas desisto rapidamente.
Quero fugir de mim, mas sou sempre igual.
Quero fugir de tudo, mas sei que tudo é o mesmo.

Sei que tenho tudo o quero, mas nada me é suficiente.
Anseio por qualquer revolução, que seria só pior.
Tenho todas as filosofias do Mundo, mas não sou nenhuma.

Odeio esperar, mas não vou à luta. Mas o futuro é meu!
Sinto-me fraco, e sonho-me forte. Assim me sou eu.
Afinal, não é da natureza humana ser contradição?

3 comentários:

Anônimo disse...

tiras-me as palavras da boca .

Maria Oliveira disse...

O ser humano reune um aparente dualismo: o sensível e a razão, o mau e o bom, a fraqueza e o poder, a coragem e a cobardia.

Mas a contradição é apenas aparente porque os diversos estados fazem parte do mesmo ser. São inseparáveis.
É no paradoxo constante da existência que conseguimos ser criativos!

Abraço

Anônimo disse...

Por vezes preferia não me rever nas coisas que escreves. :) Por que razão não conseguimos ser mais simples?

Beijoca da "vizinhança"***