Um velho poeta dizia (e clamavam-no louco!)
"Viver não é necessário. O que é necessário é criar."
Eu crio. Viver, não sei. Um dia, quando me achar
Cantarei alto e forte, o povo que me abraça, mouco.
Existo-me somente, sentido-me fraco, pouco.
Passo, inútil, e vivo sem amar ou acreditar.
Nem o que escrevo me serve. Faz-me vomitar.
Ah! Alguém que me acorde, com um soco!
De esperança, ou de qualquer outra coisa vã.
Qualquer outra coisa que me sirva, e me faça
Sentir-me. Que me canse a alma, e a torne sã.
Enlouqueço de tédio, ou o que for! E crio.
Mesmo assim, crio. Ó Deus ou outro alguém, laça
a minha razão. Não me deixes aqui - o nada e o vazio.
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Nem mágoa, nem dor.
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