segunda-feira, 26 de maio de 2008

Faz dos sonhos realidade. (IV)

Quando andava no Secundário, imaginem lá este meu delírio juvenil, queria ser baterista de uma banda. Sonhava com o meu esquecido colega ( Por onde andas tu, pá?), que um dia seríamos grandes. Íamos conquistar o Mundo, com os nossos sons. As digressões seriam feitas numa carrinha amarela ou azul, ou sei lá... A memória traiçoeira falha e engana-me.

Bem, delírios são delírios e deles não reza a História. Hoje estou aqui, no cenário, a gravar um filme sobre, (exactamente, adivinharam), um banda rock. E estou feliz. Não podia pedir mais nada. A minha filha ri para mim, com toda a sua ingenuidade. Separei-me da minha mulher, desse meu colega perdido, até de mim... Depois fui-me ree
ncontrando, aos poucos. Lembro-me, às vezes, desses sonhos, desses projectos. Mas aprendi. Aprendi a aceitar as minhas limitações, a não querer tudo em demasia e demasiado rápido. E estou feliz. Sim, até a ser feliz aprendi. Antes, faltava-me sempre algo. Hoje, agradeço satisfeito por tudo ter acontecido desta forma. Não sou baterista, nunca sequer toquei numa bateria. Admiro-me até com a sua complexidade. Mas, limitado ou não, estou feliz. A vida prega-nos rasteiras, é verdade...

Levanta-te, continua e agradece. Estás vivo. É esse o sonho, é esse o objectivo. Hoje, é assim que me sinto.

Um abraço.

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