sábado, 12 de julho de 2008

A António Aleixo.

"Vós que lá do vosso império/prometeis um mundo novo/
calai-vos, que pode o povo/qu'rer um mundo novo a sério."


Concluir: Viver é sofrer. E tu foste a prova dura

desta horrenda e maldita frase feita.
Penaste em todas as ruas da amargura

No teu caminho não houve senão desgraça e maleita

Não foste homem das Letras, mas a tua lira é singela e pura
avançando mordaz, humilde, mas assim, perfeita.
Para a dor toda do Mundo não descobriste cura,
mas a tua mão contra ela sempre avançou escorreita.

Quer um Deus desconhecido que não haja justiça,
mas culpa de quem, se não se vê senão cobiça?
E em nome da Democracia urge matar...

Ergueste-te, lírico imortal, acima dos teus iguais
E assim, na Arte da vida, juntaste-te aos imortais.
(A vida não é para sofrer. Quem vem querer acreditar?)


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