terça-feira, 29 de julho de 2008

Podridão.

(Resposta à Bárbara)

A noite. Cismo, medito, quase enlouqueço!
Podridão, cara amiga, sempre a houve!
Debato-me comigo, vagueio, entonteço
Clamando a Deus, sabendo que não me ouve

Ah, fina-se a humanidade! A que preço?
Seremos algo que se louve?
O frio. Amiga, quase que me esqueço
de mim. O bem, será que algum houve?

Mas porque enquanto houvermos, o Mundo não pára
Cá estaremos para ir pondo o dedo na ferida
Nadando sempre contra a corrente

Inquietos na inquietação permanente
desta loucura a que se convencionou chamar vida
Fazendo da poesia, arma da paz, como o grande Victor Jara!

2 comentários:

Bárbara disse...

Caro companheiro de luta
E nunca de luto,
Querendo ou não a palavra é
A única arma de que o homem disfruta.
Ávido de tudo, procura sempre colher o fruto
Sem saber o que é.

Ganancioso e avaro,
Louco chega ao desamparo.
Dispara p'ró vazio
Sentindo-se em todo o seu brio.

Caro companheiro de luta,
Acho que estes pensamentos são muita fruta
Para um mundo-funil-pensante...
Ou seremos nós toleira errante?

Bárbara disse...

publiquei uma outra resposta para ti