quinta-feira, 13 de março de 2008

Mora em mim, a angústia
do poder vir a ser.
Falta-me a astúcia,
de todos aqueles que conseguem viver.

Sinto-me longe de mim
Longe, mero estrangeirado.
A incompreensão não tem fim.
Sou miragem, de mim sonho inacabado.

O que eu poderia fazer!
Ó vida...
Se me deixasses viver,
não seria só mera visão discorrida...

Mas não há esperança!
Apenas projectos adiados!
E eu sei que não chegas, ó bonança.
Nascemos docemente fadados!

E eu não sei sonhar!
Já passou a hora...
Em nada consigo, nem posso confiar.
É tarde, e Ela já não demora...

Gente, gente vamos embora, vivermos antes de acabarmos.
O mundo é feito para nós.
Vamos, gente, mesmo que acabemos como começámos.
Sós.

(E a poesia que vá salvando o Mundo...)

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