sábado, 16 de fevereiro de 2008

O caminho.

Por todos passo, e vou andando.
Farmácia Central, Santa Joana,
A doce pastelaria, de boa fama...
O casal, que é feliz, namorando...

Todos sigo, a olhar, imaginando.
A discussão no terceiro direito,
A filha que sai, vestida a preceito...
Escrevo assim, imortalizando...

Ou talvez não, a mim e esta gente.
Que por a tomar como minha,
sem mentira, fico feliz, consciente.
Ah, e estar contigo, minha rainha...

"Esperas por mim?", suspiro, e atrevo
pensar. A gente entra, p´rá reza.
Está na hora... Eu? Nada Lhe devo.
E sigo, passos incertos, com certeza.

Olho, e estaco, perto, beira ria.
A Praça, os velhotes e as pombas.
E tu, e eu, e nós e as nossas sombras...
"Ficas comigo?", perguntava, e sorria
Quando tua cara, para mim, luzia.

Sigo, sem pensar, para junto de ti,
atrasado, p´la longa e larga avenida.
Lojas enfadadas, vão perdendo vida.
E o desejo de gritar "Sim, eu vivi!"
Quando te sinto comigo, aqui, aqui...

2 comentários:

Anônimo disse...

O racionalista a render-se ao sentimento.. :P
Gostei!

Bjinho*

Alexandre Fonseca disse...

nada disso... :)
bjinho
espero q teja td bem