Ao companheiro de todas, e qualquer hora.
Os carros a passar, cheios de caras estranhas ,
De olhares perdidos e fátuos, da pressa de chegar...
E nós, com rumo, desgovernados...
Vamos ao bilhar, deixai-nos estar...
Somos gente, não contente, não descontente, só e apenas gente.
Andamos com brio, de passos trocados...
Vamos só passar, deixai-nos estar...
Olhares portugueses em nossas faces.
Obrigados a ir, em passeios imaginados.
Passeios que nada dizem. "Olá. Como vão?", costumeira saudação.
Chegamos ao destino, em passos de desatino,
Da alma? Não sabemos, não queremos pensar...
Ao café de Dona Alice, casa da gente sem casa,
como todas enfrenta a velhice, aquela do espíritio
que vive contente, por se acostumar...
O velho da barba branca, o homem da pançuda barriga,
a cerveja na mão, as cartas, as damas, e nós e o bilhar,
A coscuvilhice da gentia gente, bola oito em frente...
O cenário mais que habitual, jogo ganho,
jogo perdido, empate de camaradas, até aí
A História se repete. Como é bom nada mudar...
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