sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

O teatro.

Ali em cima é que está a vida.
Aquela que merece ser vivida
Aquela que não se vive, porque fingida.

Eles que estão lá no cimo.
Sabem o que é ser.
Porque não são.

Eles que recebem o aplauso, merecido ou não.
Eles que vivem, porque fingem.
Eles lá a fingir viver, e eu cá, a fingir fingir.

Estive longe de mim, incauto, inquieto.
A ver os outros ser.
E estive, sem ser, como sou.

Um observador, só e incauto.
Sempre, sempre. A vida?
Fingida ou não, já passou.

E o fingir, é ao mesmo tempo
ser, porque se finge ser.
E não ser, porque se é outra coisa, que não se é.

Fingir sempre, ao ínfimo detalhe.
O mínimo gesto, o mínimo dizer, o mínimo Ser!
Concluir, que tudo é ínfimo, que tudo é fingir.

A vida é ser os outros a passar,
e ver os outros fingir ser, passando.
E quando ela passar, é fingir ter sido...

Um comentário:

Anônimo disse...

A vida é msm isso.. Fingimento! Quem não finge ser feliz?

Bjinho*