quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Revolta.

Tenho pena de todos aqueles
que não podem sair do mesmo lugar,
São como eu. Mas como em mim viverá neles
o desejo louco de avançar?

Imóvel, quero viver o vento do caminho
os crepúsculos que enebriam, as livres noites de luar,
a vida sem limites, sozinho
ou com quem, por instantes, me quiser acompanhar.

Ó ânsia sempre nova de explorar o Mundo!
P´ra te obedecer entrei assim
na minha alma e não encontrei fundo...

Dizem que o Universo é curvo e lá tem fim.
O meu não tem; ou então é profundo...
Curiosidade maldita! Perdido seja eu que mergulhei em mim!


Jorge de Sena.

Nenhum comentário: