domingo, 17 de agosto de 2008

Rapidinha.

Tudo o que guardarão da minha vida
será a absurda recordação da
minha falta de jeito para viver

A vida irrita-me como um
mosquito impertinente
que tento afastar de mau-grado
com o jornal que não tive vontade
de ler

(Há tão pouco para fazer
E tão pouco por que lutar)

Sei bem o que sou
Sou o que sou
mas não o que queria ser

Talvez fosse mau
se eu me importasse
com o que sou

Também sei muito bem
o que não quero
Infelizmente
não sei o que quero

Não sou nada
Sou alguma coisa
um acaso
uma omissão
a fronteira entre o vazio
e coisa nenhuma
a saudade do mundo

o mosquito impertinente
que matei com o jornal
que não tive vontade
de ler

Um comentário:

Anônimo disse...

Cada vez mais profissional.. Com inicio, meio e fim, tudo bem "ligado". Muito bom!

Bjinho*