Fé misteriosa move os grandes d'uma nação
Desejo louco, enigmático, obscuro
Um tudo indistinto entre sentimento e razão
A invenção, a ideia corpórea do Futuro
Algo que morde, que não acalma o coração
Um querer sem quartel, sem poiso seguro
Talvez mágoa, talvez mera inquietação
Um sentir, um ver, um almejar limpo e puro
Fé misteriosa, sem definição, nem Nome
Saciar impossível de uma incógnita fome
Um correr sem percebida necessidade
Na demanda de algo grande, de maior
Busca d'Amor, da Luz, da Verdade
- o Eterno, meu Mestre e meu Senhor!
sábado, 18 de julho de 2009
Ad eternum.
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Sonetos
segunda-feira, 13 de julho de 2009
A Manuel Alegre.
Duro desafio, derradeiro dilema
A escolha: rés-pública ou a amada poesia?
E uma estranha dor, um estranho problema
- A visão do mais além, do novo dia
Assim, a pena leve, mas quiçá amarga, desfia
O sonho nas linhas do teu eterno poema
E o desejo incontrolável de fim à apatia
Na tua amargurada garganta é principal tema
Sem perceber porquê esperar do Céu
O porvir, o santo-Graal, o almejado sentido
Um Portugal que não volta, o que podia ter sido
O fim desta inquietação, desta ânsia
O novo Mar, o Fim, a distância!
-Pátria Amada, sonho teu, sonho meu …
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