quinta-feira, 26 de agosto de 2010

(Re)lendo a Dobrada à moda do Porto.

Ler este poema não é ler este poema
É ler-me a mim quando lia este poema
É ler-me agora que leio este poemae já não o sinto.Com quantos Álvaros de Campos
não me
cruzo a caminho de casa?
Com quantos bêbedos aprendizes

- porque se aprende sempre -
não escreveram (escrevem!) odes mais luminosas,
poemas mais em linha
recta que Álvaro de Campos?Esta fatalidade que me fazia chorar, sofreré a mesma fatalidade que agora me faz rir.
Ó poeta bêbedo, o álcool não é solução de nada!