sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Só (as minhas) palavras escritas.

Pois que a vida não deve existir,
nem ser escrita.

Não parti, porque afinal nunca cheguei.
Estou aqui, na terra de todos aqueles que
não se conhecem, estendendo-te a mão.

Querias ser como eu? Não queremos
ser todos algo que não somos?
É
duro reencontrarmo-nos, sim.
Nunca soube, nunca perceberei
se o hábito, a rotina, essa solidão
é prenda ou veneno... Tu sabe-lo?

Assim, escrevo como se
tudo fosse perguntar.
E cá vou andando, nunca partindo,
nunca chegando...

5 comentários:

Ana Isabel disse...

A solidão é prenda, assim te conheces, quando no silêncio e sem ninguém à tua volta para te julgar ou para tentares agradar, revelas a ti mesmo quem és e te descobres.

Obrigado
Nunca ninguém tinha feito algo do género

Anônimo disse...

Já tinha saudades destes que eu tanto gosto..:)

Bjinho*

al disse...

Concordo com a ana isabel mas não te esqueças que é também com a companhia dos outros que crescemos ...

eu gostava de comentar melhor, mas neste momento o meu corpo só me pede cama.

Beijinho Alex, espero ver-te muitas vezes pelo meu espacinho :) *

Anônimo disse...

Viagem.

Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho
paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao
cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a
dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas
sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.

(Miguel Torga)

Anônimo disse...

Vim aqui parar pelo post de Loret, parto amanha... mas as minhas ideias perderam-se e fiquei presa às tuas palavras!

=) Parabéns