terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Na biblioteca,
fingindo-te distraído,
por entre olhares que julgas
- em antecipação-
como perdidos,
sonhas acordado e procuras
amor como só o conheces

do cinema.
Suspiras, será ela?
misteriosa leitora de Brecht
Enquanto te perguntas porque não
te devolveu o olhar
apalpas suavemente
uma página do teu poeta
favorito e só assim
frio, longe, morto
pela substância do tempo
sentes o amor
em que já deixaste de acreditar...

O que vale é que há sempre
o que o outro dia nos traz, não é?

Um comentário:

Alexandra disse...

E o que nos trás o outro dia? A eterna esperança que nos faz continuar.

Excelente!!

Bjocas