Não.
Já disse que não.
Já disse que não paro.
Deixem-me mergulhar fundo,
na minha prolixa inutilidade.
Mergulhar de cabeça com
o gosto absurdo de nadar
num rio com a foz em lado algum.
Eu sempre fingi perceber a História,
e gostar da Literatura, e de estudar
as grandes obras clássicas, os tratados,
as dinastias, e as dissertações dos Mestres!
Ah, como gostar dos maiores aborrecimentos da História!
E fingi gostar dos elogios das almas
caridosas, que pensavam que eu gostava
dessa prisão, a que se chamou pensar.
Ah, ficção de sujeito!...
Que riso macabro que não me apetece soltar
ao lembrar, estupidez, que elogiavam
um bandalho que não sabe ser!
sábado, 2 de agosto de 2008
Ficção.
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