Sinto-me o meu psicólogo
quando dou por mim a escrever
mais um triste monólogo
de quem não sabe o que quer.
Não finjo, nem minto
Não quero mal a ninguém.
Não sei, nem sinto
A alegria do nada-além...
Tenho tantas incertezas
que me debato até comigo.
Sou um barco de tristezas,
à procura de uma ilha de abrigo.
Nunca soube o que é Amor
e nunca tive senão saudade.
Sou companhia da minha dor.
Que fiz eu de toda a idade?
Debordo-me com a ilusão
de ser grande, principal, útil!
Transbordo na própria noção
de todo o questionar ser fútil...
(Nenhum Homem é necessário)
Vivo para ser o que está a mais
Sou a minha negação, o meu contrário
tresloucado por dúvidas e iras fatais.
Nada mais sou que a minha condição
Amigo fiel de tudo o que não ouso
Coração sem rumo, em navegação
por mares de sentimento difuso!
Mas Coração, que sei eu disso?
Como falar do que não existe?
A minha alma deu sumiço!
Quando a razão lhe disse "Desiste..."
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Lucidez.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário