A mosca voou
uma, duas, três,
um infinitamente irritante
número de vezes,
contra o candeeiro
atráida pela sua luz.
Que mosca estúpida.
(Não seremos todos
moscas, a voar perdidos,
eternamente aos encontrões,
irritados, atraídos por um
ideal brilhante
que não sabemos que
fundo guarda?)
Que humanos estúpidos,
pensará ela...
domingo, 11 de janeiro de 2009
A uma mosca estúpida.
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2 comentários:
Sim, seremos tudo imbecibilidade. Escrita feroz, com alvo certo, dardo certeiro. Tenho apreciado.
Lembro-me perfeitamente, quando adolescente, ficar tempos infinitos a olhar a claridade da janela apreciando o comportamento das moscas... uma mosca solitária voa sempre em direcção à luz é certo... e escolha fatal, escolhe a sua própria morte.
Bate meio doida contra o vidro que provavelmente não viu...
ainda hoje me diverte o facto de ter reflexos mais rápidos que elas e conseguir apanhá-las...ahahah
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